a porta da atribuição
Lição 15 – Restauração da Porta 11 – Porta da Atribuição

(Ne. 3:31) A Comissão Divina

A versão da Sociedade Bíblica, assim como da Imprensa Bíblica Brasileira, traduzem “miphkad” por porta da guarda. Ficaremos com miphkad, a palavra hebraica, que é definida por H. W. F. Genesius, em seu HebrewChaldee Lexicon to the Old Testament, como atribuição, mandato, ordem, um lugar apontado.
A Porta da Atribuição, pois, falamos do lugar onde DEUS nos delega uma missão, atribui-nos uma responsabilidade. A palavra traz o sentido de uma tropa que é convocada para receber suas diversas atribuições.

Deve ser por isso que Ferreira de Almeida traduz a palavra por guarda. Essa é a porta pela qual o Senhor nos delega responsabilidades. Se ela estiver aberta para Ele, não nos recusaremos a aceitar e cumprir os deveres que nos serão atribuídos, pois, juntamente com a tarefa, Ele sempre nos dará a devida
capacitação. Muitas vezes, o medo e o sentimento de inadequação tomam conta de nós, e deixamos a porta fechada para DEUS. Se, contudo, conhecemos ao Senhor, sabemos que Ele é fiel e justo e jamais nos dará uma tarefa, sem que esteja disposto a dar-nos, juntamente com ela, o que é necessário ao seu cabal cumprimento. Lembramos ainda que, cada vez que uma dessas portas é fechada ou aberta à pessoa errada, corremos sério perigo, pois isso se constituirá em uma brecha para o inimigo nos assolar.

DEUS tem planos perfeitos para cada um de nós. Devemos abrir a porta da atribuição e receber cada um deles, sabendo que Ele tem o melhor para a nossa vida. De fato, a bênção cem por cento só nos virá quando estivermos dentro do plano cem por cento que Ele tem para nós. Não há o que temer. Para o desempenho de cada tarefa, A nossa capacidade vem de DEUS (2 Co. 3:5). Ele é um Pai de amor e sabedoria. Saiba que o DEUS que chama e delega tarefas, é o mesmo que capacita, abre as portas, vai à frente, assiste-nos através do ESPÍRITO SANTO e comissiona Seus anjos a nosso favor.

A esta altura, convém advertir sobre a necessidade de distinguir entre um chamado do homem e um chamado de DEUS. Satanás pode nos enviar tarefas e pessoas, com o propósito de desgastar-nos, para que não tenhamos tempo e energia para executar o verdadeiro plano de DEUS para nós. Ele pode dar uma tarefa paralela, enviar pessoas que nos consomem o tempo e, se não estivermos firmes no discernimento da voz de DEUS, ele pode nos iludir. Lembre-se de que o plano de DEUS é um só e não há plano paralelo. Seguir o caminho paralelo é estar fora do verdadeiro plano. Há um propósito específico para cada filho. O modo de descobri-lo, é ouvir Sua voz, através das impressões do ESPÍRITO SANTO no homem interior. Um engano comum é tentarmos atender o chamado do homem, muitas vezes provocado por uma necessidade. Acontece que uma necessidade não se constitui um chamado Divino. Necessidades existem em todos os lugares, e só remiremos o tempo, atendendo a convocação do Senhor.

PORTA MIFCADE (ATRIBUIÇÃO)

A porta de Mifcade foi a décima e última porta a ser restaurada nos muros de Jerusalém. Em Neemias capítulo 3, no verso 31 diz: “Depois dele reparou Malquias, filho de um ourives, até à casa dos servidores do templo e mercadores, defronte da porta de Mifcade, e até à câmara do canto”.
Por graça e misericórdia de Deus chegamos ao fim deste estudo da restauração de Deus, olhando para a última porta do muro de Jerusalém que se chama a porta de Mifcade. Há alguns estudos que falam sobre 12 portas, mas para mim as 10 portas têm melhor relação com a figura do templo que tudo era em número de 10.

Mifcade quer dizer guarda, guardião, e esta porta nos revela o Senhor Jesus não como um guarda que cuida contra os ataques do inimigo, mas como um guardião de todos os tesouros de Deus. É como um administrador das riquezas de Deus, mas também é a própria riqueza, porque nele estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento (Col. 2.3). Todas as riquezas o Pai guardou nEle; todas as riquezas Ele fez convergir em Cristo, tanto as que estão nos céus, como as que estão na terra (Ef. 1.10).

A porta de Mifcade nos mostra que Jesus é o guardião das riquezas do reino. Malquias quer dizer ‘Jeová é Rei’, portanto esta porta nos fala também do reinado de Cristo, como filho de um ourives. Sabemos que o ouro é figura da divindade, das obras de Deus, prata das obras de Cristo e pedras preciosas das obras do Espírito Santo; e que madeira, feno e palha são as obras do homem (I Cor. 3.13). O apóstolo Paulo relaciona isto com o tribunal de Cristo e com o prejuízo e galardão que cada um receberá pela maneira como edificou sobre o fundamento que é Cristo. Depois que o Senhor entrar pela porta oriental, Ele assumirá o reino por mil anos, e os vencedores reinarão juntamente com Ele. Este reino é o galardão que o Pai deu a Cristo pela sua vitória. Os que estiverem assentados com Ele no seu trono também serão por galardão, que está nEle (Apoc. 22.12), e também dará aos vencedores: “Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no meu trono; assim como eu venci, e me assentei com meu Pai no seu trono” Apocalipse 3.21.

Filho de um ourives também nos faz lembrar do texto de Ageu, capítulo 2, no verso 8, que diz:
“Minha é a prata, e meu é o ouro, disse o Senhor dos Exércitos”. Jesus aqui representa este filho de um ourives porque tudo o que Deus faz é de ouro, é divino e eterno. Mas Jesus também foi posto como fogo de ourives e sabão de lavandeiro (Mal 3.2-3), porque no novo céu e na nova terra não entrará lá coisa alguma impura (Apoc. 21.27). Jesus é o que purifica e purificará o homem.

Por isso é que o apóstolo Paulo nos ensina que antes de entrarmos com Ele no seu reino, iremos passar pelo fogo, pelo tribunal de Cristo, e o fogo proverá a obra de cada um. O seu tribunal será o último aspecto da purificação, porque o ouro, a prata e as pedras preciosas, passando pelo fogo ficam mais puros, e se houver alguma impureza ou obra que não seja divina irá se queimar. Por isso é que Paulo diz que se a obra que cada um edificou for de madeira, feno e palha, esse sofrerá prejuízo, e se permanecer receberá galardão (I Cor. 3.13-15).

O tribunal de Cristo não é para julgar eternamente. Esse juízo será estabelecido no final do milênio, e se chamará ‘o grande trono branco’ (Apoc. 20.11-12). O tribunal de Cristo é para julgar as obras dos santos, o que foi feito no corpo, tanto o bem como o mal (II Cor. 5.10). Este é o julgamento da Casa de Deus que nos fala Pedro (I Pd. 4.17). Os cristãos, os filhos de Deus, não participarão do juízo final, porque foram justificados pela fé na obra redentora de Cristo na cruz, mas todos irão comparecer diante do tribunal de Cristo.
Qual é o galardão, e qual o detrimento ou prejuízo? A participação ou perda do reinado juntamente com Cristo, no seu reino milenar. Jesus ensinou muitas vezes sobre isto aos seus discípulos, e continua nos ensinando hoje pelo seu Espírito: “Mas eu vos digo que muitos virão do oriente e do ocidente, e
assentar-se-ão à mesa com Abraão, e Isaque, e Jacó, no reino dos céus; e os filhos do reino serão lançados nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes” Mateus 8.11-12.

Em seguida, no texto que iniciamos de Neemias 3.31, nos diz que edificou “até à casa dos servidores do templo e mercadores”. Que expressão bendita e reveladora o Espírito nos dá aqui para confirmar o que estamos aprendendo do Senhor! Se lembrarmos o que o Senhor disse aos seus discípulos no sermão
profético, nos capítulos 24 e 25 de Mateus sobre a parábola dos dois servos e dos talentos, iremos compreender com mais clareza o que o Senhor deixou escrito aqui. Nestes dois capítulos Jesus está falando sobre o princípio das dores e o reino. Mateus é o evangelho que revela a Cristo como o Rei, por isso é que Mateus usa a expressão ‘reino dos céus’, diferente dos outros evangelhos. Ele usa esta expressão para se referir ao reino milenar de Cristo, que é um período dentro do
Reino de Deus. O reino de Deus é de eternidade a eternidade (Sal. 90.2), mas o reinado de Cristo, ou dos céus, será de mil anos. Tanto é assim que depois de reinar por mil anos, Jesus irá devolver o reino ao Pai, e se sujeitará àquele que lhe sujeitou todas as coisas (I Cor. 15.24-28).Podemos notar que dos versos 45 a 51 de Mateus 24, Ele fala dos servidores do templo e dos versos 14 a 30 do capítulo 25, Ele fala dos mercadores. Ali Jesus fala dos servos bons e fiéis e dos maus e infiéis que irão entrar, ou ficar fora do gozo do seu Senhor. Os servidores do templo são os irmãos que são colocados como mordomos, ou servos para alimentar os conservos, isto é, o povo de Deus. O mantimento da Casa de Deus é a Palavra de Deus; é o pão que desce do céu e que nos serve de alimento (Isa. 55.10). Este é o alimento verdadeiro da Casa do Tesouro, da Casa de Deus que nos fala Malaquias 3.10.

Em Lucas, capítulo 19, no verso 12, o Espírito nos deixa uma expressão preciosa para confirmar que se trata do reino, e que Mateus não fala. Ele diz: “Disse pois: Certo homem nobre partiu para uma terra remota, a fim de tomar para si um reino e voltar depois”. Nós sabemos bem quem é este homem nobre, aliás,
o único homem nobre que já existiu: Jesus. Ele irá tomar para si um reino, isto é, no tempo determinado o Pai irá lhe dar este reino, e assim que tomar o reino Ele irá voltar. O verso 27 nos ensina que esses não são os seus inimigos, mas os seus servos, os mercadores a quem Ele confiou os seus bens.
Em Lucas capítulo 19 há mais outra expressão esclarecedora. Jesus diz: “sobre dez… sobre cinco cidades terás autoridade”. Mateus e Lucas nos ensinam claramente que Jesus fala do reino milenar. Um tempo em que Ele irá reinar sobre toda a terra, e que os seus vencedores irão se assentar com Ele no seu reino, reinando sobre as cidades da terra. Este reinar não será individual, mas dos membros da Igreja em cada cidade. É que o trabalho de edificação do Corpo de Cristo não se faz individualmente, mas coletivamente. A obra para a edificação do Corpo de Cristo não é feita também por um único homem, nem por um único período de tempo, mas por todos os santos em todas as gerações, e isto desde o princípio.

Cada um de nós deve ter a sua parcela na edificação do Corpo de Cristo, e esta Casa de Deus só pode ter materiais como ouro, prata e pedras preciosas. Por isso a Palavra diz que cada um deve ver como edifica sobre Ele (I Cor. 3.10). Isto é representado também na restauração do templo de Israel. Foram necessárias duas
gerações e muitos homens para que a restauração fosse completada. Não foram Neemias e Esdras que fizeram sozinhos. Uns restauraram o templo e outros restauraram os muros e as portas. No final, cada um receberá o galardão segundo o seu trabalho (I Cor. 3.8).

Paulo e Pedro também usam uma expressão muito bendita para os servidores do templo, para os irmãos que são colocados na Igreja para dar o sustento para o povo de Deus a seu tempo (Mt. 24.45). Esses irmãos são chamados de ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios e da multiforme graça de Deus (I Cor. 4.1, I Pd. 4.10). São chamados despenseiros porque são como despensas cheias por Deus para que os seus filhos sejam alimentados. Todos nós temos uma despensa em casa, e Deus também tem as suas despensas em sua Casa. Em nossa casa às vezes podemos achá-la vazia, mas as de Deus estão sempre cheias de todo tipo de alimento. As despensas de Deus, ou os seus despenseiros sempre estarão cheios da Palavra para que o povo de Deus também fique cheio do conhecimento da sua vontade, em toda sabedoria e entendimento espiritual (Col. 1.9).

Por isso Jesus exorta em Mateus 24, nos versos 45 a 51, aos servidores do templo que sejam achados fiéis naquele dia. No tribunal de Cristo Ele irá julgar a obra de cada um. Se o despenseiro foi achado fiel, e os conservos não o ouviram, ele será julgado fiel, e os conservos irão sofrer o prejuízo. Mas se o servo for infiel, e começar a espancar os seus conservos, e a comer e beber com os ébrios, então este servo será cortado ao meio, e a sua parte será dada com os infiéis e hipócritas (ver também Lucas 12.42-48).

Os mercadores são aqueles aos quais o Senhor entregou todos os seus bens. Os despenseiros aperfeiçoam os santos, mas quem faz a obra de edificação do Corpo de Cristo são os santos, são os que Jesus chama de seus mercadores. A uns ele deu 5 talentos, a outros 2 e a outros apenas 1, segundo a capacidade de cada um (Mt. 25.15). Segundo a capacidade de cada um porque Jesus sabe que há membros fortes e membros fracos. Ele sendo justo não requereria de um membro fraco que lhe devolvesse acima da sua capacidade. Por isso é que Ele só requererá o que for dado a cada um. Ao que foi dado muito, Ele requererá muito, e ao que foi dado pouco, lhe requererá pouco (Luc. 12.48). Nesta expressão ‘servos do templo e mercadores’ estão englobados todos os cristãos. Se um filho de Deus não é um despenseiro, ele é um mercador. Se o Senhor não te deixou como um mordomo para alimentar os filhos de Deus, ele te colocou como um mercador de todos os seus bens. Uns alimentam e os outros negociam. Não um negócio para este mundo, mas para que as riquezas insondáveis de Cristo sejam manifestada a todos, ou como nos ensina o texto de Efésios, capítulo 4, no verso 13: “Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo”.

Por isso a porta de Mifcade também tem relação com a Igreja do Senhor, e não somente com o Senhor. Aliás, todas as portas têm relação com a Igreja, e com a restauração de Deus, do seu testemunho através da Sua Igreja. Porque não só Jesus é o que guarda essas riquezas, mas a Igreja também a contém e a guarda. O Pai confiou a Jesus a chave de Davi, e Ele confiou à Igreja as chaves do reino. A chave do reino é a chave de Davi, porque tudo que se relaciona a Davi tem relação com um rei e com um reino (Isa. 55.3). Chave que abre e ninguém fecha, e fecha e ninguém abre (Apoc. 3.7, Isa. 22.22). Por isso Ele disse: “Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu” Mateus 18.18. O texto de Apocalipse 3, no verso 7, fala da chave de Davi, e sabemos a quem o Senhor confiou esta chave. Ele é este fiel depositário das riquezas de Deus. É nEle que estão guardados todos os tesouros. O Senhor usa esta expressão ‘a chave de Davi’ porque se refere aos administradores que Davi confiou as chaves de tudo o que tinha reparado para Salomão fazer o templo do Senhor. Tudo o que Davi tinha preparado, tanto materiais como ouro, prata, bronze foram confiados a eles. Davi é uma figura de Cristo, e os tesouros que Davi tinha reservado é uma figura do tesouro em Cristo que o Pai depositou nEle. Lembrando que tudo o que foi
preparado por Davi era para a Casa de Deus, para serem colocadas na Casa de Deus.

No texto de Isaías 22, dos versos 15 a 25 mostra dois desses administradores do rei Ezequias que se chamavam Sebna e Hilquias. Hilquias era mordomo e Sebna escrivão do rei (II Reis 18.18). A eles foram confiadas as riquezas do rei e do templo, e Hilquias foi considerado fiel e Sebna infiel. Um a figura de Cristo e o
outro a figura de Adão. Do primeiro e do segundo homem em quem estavam depositados todos os propósitos eternos de Deus. Por isso tudo agora está confiado somente a Cristo e Cristo agora a tem depositado na Igreja. No caso de Adão, o maior foi abençoado pelo menor, isto é, Adão no fim também foi abençoado em Cristo. Esta chave foi colocada nas mãos do Senhor, mas antes de partir Ele deu à Igreja que guardasse essa chave e este tesouro. Este tesouro agora foi depositado em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não da nossa parte (II Cor. 4.7). Somente a Igreja contém esta chave e este tesouro e mais ninguém; as riquezas incompreensíveis de Cristo. E como Paulo pelo Espírito diz, a igreja é a única que pode dispensar este mistério que esteve oculto desde os séculos em Deus, que tudo criou por meio de Jesus Cristo, para que agora, por ela, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus (Ef. 3.8-10).

É verdade que até tudo ser restaurado haverá muita luta como foi com o templo de Israel, mas o Senhor cumprirá todo o seu intento, como foi cumprido aquele. Lembrando o texto de Atos, capítulo 3, o verso 21, diz que o céu conterá a Jesus, até a restauração de todas as coisas. Em Neemias vemos que foram 46 anos até que tudo foi restaurado, com muitas interrupções por parte dos inimigos. Mas depois que tudo foi terminado, os inimigos temeram, e se sentiram humilhados: “E sucedeu que, ouvindo-o todos os nossos inimigos, todos os povos que havia em redor de nós temeram, e abateram-se muito a seus próprios olhos; porque reconheceram que o nosso Deus fizera esta obra” Neemias 6.16.

Assim será também com Satanás e os seus anjos. Hoje todo o combate de Satanás é contra a Igreja de Deus. Primeiro contra a salvação dos homens, para que não lhe resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus (II Cor. 4.4). Depois que alguém é salvo, que é tirado do seu império de trevas, e transportado para o reino do seu Filho amado, então ele combate para que estes não cresçam, e que o testemunho do Senhor não seja restaurado. Sabemos das lutas, mas também já conhecemos Aquele em Quem está toda a vitória e em Quem somos mais do que vencedores. Creio que as lutas só existem para que aconteçam as festas. Caso não houvesse lutas não haveria vitória e pelas vitórias as festas. Por isso cada batalha terá uma vitória, e cada vitória terá uma festa. Aleluia!

Como aqueles foram chamados a restaurar, hoje também somos chamados para restaurar o testemunho do Senhor. Não na nossa capacidade, porque temos que ver como aqueles, que viram que os inimigos eram mais numerosos e fortes que eles. Mas como eles, podemos dizer que o nosso Deus é quem fará esta obra. Que o Senhor fortalecerá as nossas mãos (Nee. 6.9). É uma grande obra (Nee. 6.3), mas esta é uma obra de Deus e não nossa. Uma obra que não temos capacidade nem de pensar alguma coisa por nós mesmos, mas que toda a suficiência vem dEle (II Cor. 3.5-6).

Não é uma obra para os tímidos e medrosos como no caso dos 22 mil que retornaram para as suas casas na batalha de Gideão contra os midianitas (Juízes 6). Também não é uma obra para os 9.700 homens que eram fortes e capazes. Essa é uma obra para aqueles trezentos que não eram tímidos nem medrosos, nem se achavam fortes e capazes. Eles eram homens que confiavam no seu Deus, e estavam dispostos a servi-lo. Mas não podemos nos esquecer que como no caso de Gideão, e no caso da restauração do templo de Israel, Deus usou alguns homens, mas o seu propósito era para todo o povo. A vitória de alguns se tornou a vitória de todo o povo. E depois de ter feito tudo, consideremo-nos servos inúteis, porque fizemos só o que devíamos fazer (Luc. 17.10).

Creio que o nosso propósito se cumpriu, em levar para a Igreja algum orvalho fresco sobre a restauração de Deus. Compartilhamos à medida que temos recebido do Espírito de Deus, comparando coisas espirituais, a irmãos que são espirituais. Sabemos que a revelação para a Sua Igreja é muito maior. E se há algo
diverso, espero que os irmãos me suportem e esperem que o Senhor nos revelará. Porque dEle provém tudo, e é por Ele que algo se torna realidade, e no fim tudo é para Ele. Glória, pois a Ele eternamente. Amém. Ninguém que olhar para Ele firmemente ficará confundido.

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