CAPÍTULO V
AS BRECHAS E AS PORTAS
Reconstruindo Sonhos e Edificando Vidas
Lição 5 – As brechas e as portas
Texto: Rm 1.18-32
18 – Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens, que detêm a verdade em injustiça.
19 – Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou.
20 – Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;
21 – Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu.
22 – Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos.
23 – E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis.
24 – Por isso também Deus os entregou às concupiscências de seus corações, à imundícia, para desonrarem seus corpos entre si;
25 – Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém.
26 – Por isso Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza.
27 – E, semelhantemente, também os homens, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, homens com homens, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro.
28 – E, como eles não se importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convêm;
31 – Néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, irreconciliáveis, sem misericórdia;
29 – Estando cheios de toda a iniquidade, prostituição, malícia, avareza, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade;
30 – Sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais e às mães;
32 – Os quais, conhecendo a justiça de Deus (que são dignos de morte os que tais coisas praticam), não somente as fazem, mas também consentem aos que as fazem.
Introdução
Ao ser instruído por Jesus, Nicodemos não entendeu o que O Senhor lhe dizia a cerca do novo nascimento. “Jesus respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus.” (Jo 3.3). Nascer de novo representa mudança de vida, de atitude e hábitos. É a transformação, a regeneração do ser em novidade de vida.
As Brechas
1. No muro não ficou brecha alguma Ne 6.1 relata a teimosia do inimigo em destruir uma edificação. Isto aponta para nossa vida espiritual:
Estávamos sem Jesus, completamente destruídos. Éramos pisados, mal tratados, ignorados, ninguém dava nada por nós. Desacreditados da sociedade, muitos sem crédito, e ninguém estendia a mão. Mas a imensa graça e misericórdia nos alcança, aceitamos ao Senhor e dar-se início a uma grande obra de restauração em nossa vida.
A transformação se torna evidente (é a restauração de nosso muro). Nossa imagem antes destruída começa a ser edificada. Recupera-se a credibilidade, a alta-estima, a honra, a paz, o equilíbrio a temperança e a esperança. Porém se faz necessário tampar as brechas.
As brechas precisam de um cuidado imediato, constante e reparador. As brechas são conceitos errados, preconceitos, pensamentos impuros, ódio, cicatrizes que não saram que teimam em abrir e se transformarem em feridas abertas.
Antes que elas inflamem e gangrenem…
É preciso fazermos uma manutenção diária nestas brechas para que elas nãos sejam usadas como meio de entrada para o ataque do inimigo. Ele, o nosso arqui-inimigo, está atento a cada segundo, procurando uma pequena brecha em nossa vida espiritual. Mesmo que o nosso muro tenha sido restaurado precisamos fazer uma verificação diária nele, e se acharmos qualquer brecha, pequenina que seja, usemos o reboco do Espírito, que mistura o cimento da fé com a areia do perdão e a água da vigilância, para tapar todas as brechas. Feito isto, ainda falta colocar as portas nos portais.
2. As portas
Em Neemias 6.1 ainda relata o término da reconstrução do muro, a manutenção das brecha e chama a nossa atenção quando diz que até aquele momento as portas não haviam sido postas nos portais.
São mencionadas no livro de Neemias 12 portas na cidade de Jerusalém, são elas:
1 – Porta do Gado (ovelhas)
2 – Porta do Peixe (Porta de Damasco)
3 – Porta Velha (Porta de Jafa)
4 – Porta do Vale
5 – Porta do Monturo
6 – Porta da Fonte
7 – Porta do Cárcere
8 – Porta das Águas
9 – Porta dos Cavalos
10 – Porta Oriental
11 – Porta de Mifcade (da Atribuição)
12 – Porta de Efraim
Os Muros em volta da cidade, Falam do que é visível, da parte exterior, com a qual os que nos cercam têm o primeiro contado. Eles representam a nossa personalidade, nossa alma, aquilo que manifestamos em nossos relacionamentos. Esses muros podem estar nos mais diversos estados de conservação e beleza. Muros com brechas, caídos, além de feios, são vulneráveis à penetração de inimigos. Muros bem alicerçados e conservados, representam proteção a tudo quanto está dentro da cidade – o nosso espírito, recriado pelo ESPÍRITO de DEUS.
As Portas falam do lugar de decisão em nossa alma, nossa vontade, nossas escolhas. Elas são uma parte da alma. É na porta que decidimos quem por ela entra ou sai a quem deve ser fechada ou aberta. Haverá momentos em que ela deve estar aberta e outros em que deverá estar fechada, dependendo de quem ou do que deseja passar por ela. Portas caídas, representam vontades inconstantes, enfraquecida. Portas no devido lugar, falam de decisões acertadas.
As Torres no muro falam do lugar de vigilância. É delas que se detecta a aproximação inimiga ou dos mensageiros de boas novas. Nossa alma precisa dessas torres, isto é, uma atitude de vigilância e alerta, para que não sejamos apanhados em ataques-surpresa, o que nos levaria a derrotas.
As Fontes falam do material usado para apagar as flechas incendiárias lançadas pelo inimigo. Flechas com material inflamável na ponta eram as armas mais poderosas da antiguidade, pois com elas incendiavam-se as portas e abriam-se as brechas necessárias à invasão. Uma fonte de água, junto a uma porta, equivalia a um míssil antiaéreo ou aos modernos «patriots», que neutralizam os «scuds». Precisamos de fontes junto às nossas portas, o que
equivale dizer, da água da Palavra de DEUS. Com ela apagaremos os «dardos inflamados do maligno», neutralizaremos as investidas inimigas, e seremos vitoriosos. Neemias pensou em cada detalhe, pois disso tudo dependia a segurança, proteção e o desempenho da missão em Jerusalém.
Conclusão:
Você é uma Jerusalém espiritual, e tem uma missão de DEUS na Terra. Para que ela seja cabalmente executada, o ESPÍRITO SANTO está interessado em ver os seus muros sem brechas, suas portas fechadas ao inimigo e abertas para DEUS, suas torres de vigilância em franco funcionamento e a água da Palavra sempre disponível para apagar as setas incendiárias do maligno, pois ele não desistirá em seus ataques. Enquanto estivermos no mundo, estaremos engajados em um combate de vida ou morte. Não há como fugir dele. A solução é encontrarmos, em DEUS, uma posição de força e sermos solidamente edificados em cada uma das áreas do nosso ser: espírito, mente, emoções. vontade e corpo.